terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Levando para um novo patamar

Perdi meu filho. É o que fica claro depois de 18 meses morando em Recife e de mais de 3 anos de luta para ter acesso a meu filhote. A justiça, com um tempo que é própria dela, avança sem urgência alguma contra esta violência que está acontecendo com o Francisco.

Alguns BOs das últimas semanas
Além de sofrer a ação de um processo fraudulento, sofri falsamente incriminado por fraude. A despeito de todos os protestos, o máximo que consegui foi o direito de ter acesso confinado e supervisionado pela própria agressora. Apesar de humilhante, este é um direito que somente ficou no papel, pois existe uma proibição da família do meu filho em Recife para que tenha acesso ao mesmo. Mesmo abandonando o trabalho em Campinas e vindo para Recife, minha única recompensa por tudo o que fiz foi passar alguns dias na cadeia por falta de dinheiro, e onerar meus pais para que pagassem pra me soltar da prisão, que, aposentados, também não tem condições de arcar com custa alguma.

Violência física contra o Francisco
Passei a dor de partilhar a violência física sofrida pelo meu filho no dia 15/09/2011 que, segundo meu filho, por uma das crianças que cuidam dele quando não há ninguém em casa. Tivemos nossas brincadeiras interrompidas pela chuva várias vezes, pois não sou bem-vinda na casa (nem posso sair do confinamento da frente da casa).

Por alguma razão obscura as pessoas partilham da crença que a maternidade deve ser protegida a TODO CUSTO, mesmo que isso implique no sofrimento do menor.

Acho que já aguentei tudo o que tinha que aguentar. Não dá mais. Não posso aceitar um Estado que protege, através de sua ineficiência, tamanha barbárie. Portanto minha luta seguira para um outro patamar.

Proibido de sair
Junto com várias organizações de pais vítimas destes abusos, iremos fazer uma série de medidas para conscientizar a sociedade sobre a igualdade parental, cobrar da justiça respeito pelos direitos humanos, o qual o Brasil é signatário, a eliminação da "achologia" que se tornou os laudos psicológicos nos processos, bem como cobrar a criminalização das falsas acusações de violência e abuso sexual, revisão da lei Maria da Penha, direito a presunção de inocência e tantas outras coisas.

Continuarei brigando no processo da mesma maneira, mas como não sei se a justiça levará mais 1 semana ou 1 década para assegurar meu papel de pai (se é que irá faze-lo), outras lutas serão travadas.

A primeira delas será no 1° Congresso Nacional de Alienação Parental promovido em Porto Alegre nos dias 27 e 28 de Abril. Outros pais que puderem se fazer presentes lá ou associarem a uma das diversas ONGs espalhadas pelo Brasil (Pais por Justiça, ABCF, ParticiPais), ajudarão muito na luta pela causa. Também estamos nos movimentando pelo Facebook, por listas de discussão, email e conferências. Todos estão convidados. Vamos movimentar a imprensa e a sociedade para que a justiça seja feita.


2 comentários:

  1. Cai aqui praticamente por acaso, procurando sobre "falsa incriminação" e o que posso comentar é que nesse pais a mulher pariu e automaticamente vira algo proxima a uma santa, a virgem mãe de Deus ou outra analogia que caiba.

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  2. http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI5670833-EI306,00-Marido+nao+e+previdencia+diz+desembargador+da+PB+sobre+pensao.html interessante noticia!

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