A morosidade do judiciário continua fazendo seus estragos. Nada mudou desde minha vinda pra cá em relação ao acesso ao meu filho. Ele, agora maiorzinho, me conhece como pai, me abraça e brinca comigo na medida do possível. Em raros momentos me é permitido adentrar a casa, especialmente quando é o Francisco quem pede.
Durante os últimos meses passei por insistentes entrevistas com duas psicólogas e uma assistente social e agora aguardo por um laudo dizendo se represento ou não um risco a integridade física do meu filho. Não sei quanto mais tempo isso levará, mas continuo pacientemente esperando, vendo os anos se passando e a destruição da vida de tantas pessoas.
O dia dos pais se aproxima e quero assegurar um momento digno ao lado do meu filho, longe de supervisão, de confinamento e de tantas regras impostas. Quero um dia para estar ao lado do meu filho.